Não há coincidências
A minha opinião pode ter mudado.
22 de Dezembro de 2008, Lisboa - Pedro Henriques, profissional do exército e árbitro nos tempos livres tem o descaramento de não validar um golo após uma mão em pleno estádio da Luz. O Benfica estava empatado e assim terminaria o jogo em causa contra a Académica.

Durante semanas não se falou de outra coisa. Passou-se o Natal, o Ano Novo e até os Reis… O próprio árbitro viu-se obrigado a dar uma explicação.
De nada lhe valeu. Nesse dia ficou marcado pelo sistema e desde então não mais apitou um jogo do glorioso.
Época desportiva 2009/2010, apesar de colocado na prateleira, é destacado para três jogos do melhor clube do Mundo. É a oportunidade de ouro para limpar a imagem.
No primeiro jogo, em Olhão, Guga deu uma cotovelada em Tomás Costa, partindo-lhe o nariz. Nem fala marcou.
O segundo jogo que apitou, no Dragão contra o Setúbal, Djikiné colocou Belluschi a sangrar. Não contente fez mais uma série de faltas feias e nem um único amarelo viu. “É o árbitro que apita à inglesa”, dizem os especialistas!
Sábado, novamente contra o Setúbal em Setúbal. Falcão, o melhor ponta de lança a actuar em Portugal, depois de ensanduichado e em queda, leva a mão à cara de um jogador do Setúbal que faz o teatro do costume. Em vez de falta contra o clube da casa, o árbitro marca falta contra o F. C. Porto e dá um amarelo a Falcão, o quinto o que o impede de jogar o último jogo do campeonato em sua casa contra o mais que provável futuro campeão.
“O Falcão vai em desequilíbrio e dá com a mão na cara do Bruno, mas penso que não houve intenção. O impacto da queda e a reacção intempestiva do meu jogador terá induzido em erro o árbitro”
Manuel Fernandes, treinador do Vitória Setúbal
No meio de todo o ruído que se gerou entretanto, lamento que apenas Jesualdo Ferreira, o ainda treinador do clube, tenha tido os tomates para falar e dar a face. Acabou expulso, pela primeira vez na sua já longa carreira. Os administradores, o presidente e o director de comunicação continuam mudos e calados.
Nota final: Tinha prometido a mim mesmo que não falaria mais de futebol por aqui. Muito mais haveria a dizer sobre esta época desportiva, que de desporto teve muito pouco…