O Fenómeno Obama a chegar a Portugal
A minha opinião pode ter mudado.
Barack Obama foi o primeiro presidente americano a fazer uso do grande poder que as ferramentas da Internet proporcionam.
É sabido hoje, que os hábitos das pessoas que consomem notícias (e outro tipo de informação) está diferente. Não raras vezes vemos famílias sem televisão em casa. O número de horas que cada pessoa passa em frente à TV está a diminuir. Os espectadores deixaram de ser meros consumidores de informação para passarem a ser geradores de informação. Passaram também a ser selectivos sobre o que consomem, quando consomem e como consomem a informação. Não há mais a necessidade de respeitar os horários impostos pelas redacções. Ou ter que “comer” com 30 minutos de publicidade entre uma pausa da série televisiva…
Voltando a Obama… O último ano e meio deu para perceber que a Internet como forma de comunicação é um meio poderosíssimo. É o complemento perfeito para a televisão - que serve essencialmente para passar a mensagem. É provável que não chegue para ganhar umas eleições americanas. Mas ajuda… Aproxima o candidato ao povo e humaniza-o perante o olhar incógnito.
Este comportamento tem sido estudado e, sendo o ano de 2009 um ano com 3 eleições em Portugal, julgo que será interessante ver como as principais forças políticas vão adoptar os novos media.
E os primeiros sinais estão aí à porta…
O PSD foi, provavelmente, o primeiro a dar o primeiro passo. Com a renovação do seu site, permite seguir o mesmo via RSS, comentar notícias, ver vídeos ou ver algumas fotos no canal oficial do partido no Flickr.
Ontem, dia 20, foi a vez do Presidente da Republica, Aníbal Cavaco Silva, anunciar que, oficialmente, está na rede social Twitter.
Dos restantes partidos, tanto PS, Bloco de Esquerda e PCP disponibilizam RSS’s e pouco mais. O CDS PP vai um pouco mais longe e tem canais oficias no YouTube e nos Vídeos do Sapo.
Estes são sinais que, também em Portugal, haverá lugar a esta revolução (ou evolução). Não será (só?) a televisão a fazer a diferença. Não deverá ser (só?) a televisão o motor de comunicação dos políticos com os portugueses.
Por tudo isto acho que, 2009, será um ano muito interessante de seguir. Nesse aspecto, tenho a certeza, será um ano em cheio.